O mercado de fusões e aquisições M&A no ano de 2022 foi marcado por incertezas. Efeitos da guerra na Ucrânia, pós-pandemia e gargalos entre oferta e demanda nas cadeias globais de fornecimento, inflação de dois dígitos, recessão, volatilidade no mercado acionário brasileiro, eleições, taxa de juros elevada…
Tudo isso acabou encarecendo os financiamentos, tornando o país menos atrativo para receber investimentos.
No entanto, mesmo com uma queda de 43% em comparação com o ano de 2021, o saldo foi positivo. Com um total de US$ 28 bilhões de dólares, o mercado mostrou-se resiliente. Os setores de energia, recursos naturais, manufatura e serviços foram os que mais se destacaram.
Já em 2023 fica evidente essa boa recuperação, com um número 24% maior sobre 2022. Até o final do ano espera-se um saldo de US$ 35 bilhões de dólares ou mais, além do aumento no número de transações com a recuperação da economia brasileira.
A redução na taxa de juros e inflação vem despertando o interesse de potenciais compradores, principalmente estrangeiros, com foco no potencial crescimento do Brasil. Afinal, somos um país emergente de grande peso na economia da América Latina. Assim, o foco no mercado brasileiro tem se voltado para os setores de tecnologia, infraestrutura, energia e saúde.
Estrangeiros respondem por mais da metade das fusões e aquisições em 2023
As empresas estrangeiras de tecnologia responderam por mais da metade das transações de M&A em 2023 no Brasil, seguidas por empresas do segmento de varejo, serviços e financeiro. Diante desse cenário desafiador de alta nos juros, muitas empresas perderam valor na bolsa de valores.
Dessa forma, tornaram-se alvos interessantes para fusões e aquisições com empresas concorrentes ou até mesmo para a diversificação de negócios e entrada em novos mercados.
Uma característica marcante em 2023 tem sido a redução da alavancagem, diante dos juros altos e do acesso mais restrito ao crédito. O setor de varejo vem sofrendo com aluguéis e manutenção de estruturas mais caras, concorrência com empresas chinesas, sites de e-commerce, alto endividamento, baixa margem de lucro e crédito mais escasso.
A melhora da economia serve de estímulo para as novas transações de fusões e aquisições M&A. Portanto, é indispensável que as empresas se prepararem cada vez mais para as negociações.
Do ponto de vista do comprador que possui caixa para investir, é cada vez maior a busca pela realização de investimentos estratégicos e aquisições, de forma a atingir novos mercados sem depender de financiamentos.
Cenário de M&A é promissor para o próximo ano
Para 2024 é esperada uma consolidação dos setores de fintechs, infraestrutura, tecnologia e educação. Seja do lado do comprador ou do vendedor, é de suma importância contar com uma assessoria jurídica para uma operação de M&A ou deal, que é complexa por si só.
É nessa fase crítica que o empreendedor deve contar com toda a expertise de seu time jurídico, visando mitigar os riscos de uma operação. Para que se justifique uma operação de M&A, dentre inúmeros outros fatores, alguns se destacam como: descobrir qual é o endividamento líquido da empresa e a sua capacidade de gerar um fluxo de caixa livre.
O Núcleo Jurídico Societário de M&A da Machado Schütz & Heck Advogados está preparado para assessorar e conduzir esse tipo de trabalho. Mais do que isso, coloca sua equipe à disposição, a fim de esclarecer dúvidas e garantir a segurança jurídica necessária.
Por Charles Frederico de Almeida P. Jr., Head Societário do Núcleo Jurídico da Machado Schütz & Heck Advogados Associados.
Edição, Revisão, Otimização SEO e textos adicionais: Alexandre Bertolazi
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